quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

As esposas dos outros são...





Com estas coisas da crise, da Troika, do FMI e da falta de dinheiro no geral, há um problema que venho aqui, hoje, levantar - trata-se do facto de cada vez mais os portugueses emigrarem. 
Em busca de uma vida melhor, de um futuro certo e estável, de dinheiro ao fim do mês, de uma família para sustentar, ou simplesmente de uma vida a começar, os portugueses emigram. Os destinos são vastos, por esse mundo fora e intercontinentais. Mas há um destino que é muito frequente e que nos prende com o passado e a história do nosso país - Angola.
Como é sabido Angola é um país ainda em reconstrução e promissor crescimento, logo negócios e dinheiro relativamente fáceis, bastando ter e saber investir.

E perguntam vocês: foda-se Zé, mas que merda de post é este? Ontem falaste de futebol, e hoje vens falar da crise e da emigração, o que já te valeu a perda de um seguidor. Carai! Vira lá o disco,  e uma vez que já começaste a meter fotos, acompanha o ritmo e mete textos condizentes. 
E digo-vos eu: claro que sim! Tenham calma, primeiro é preciso dar lugar aos preliminares!

Introduzido o assunto, chegamos ao ponto de interesse: gajas!

E continuando a explanação: muitos homens emigram para Angola e deixam as suas amadas e dedicadas esposas sozinhas em Portugal, entregues a uma vida solitária, sozinhas, desamparadas, carentes, saudosas, necessitadas, e à mercê dos gabirus que cá ficam!
Das duas, uma: ou as senhoras se aguentam e lá se vão entretendo all by herself, ou arranjam quem as entretenha.

Isto para vos dizer que tenho uma vizinha no prédio, boazona, cabrona, trintas bem cuidados, cheirosa, cabelo e unha sempre tratados, belo sapato, roupa de marca, e um rabo maravilhoso que me faz pôr em ordem o Zezinho sempre que a encontro no hall de entrada do prédio, mas logo que vejo o marido baixo a guarda.
Ontem, encontrámo-nos. Vestia umas legins de ganga, bota de meio cano, daquelas da moda, blusão de couro e o cabelo escuro e sedoso apanhado no alto da cabeça. Maquilhagem acentuando o olhar, faces rosadas e uns olhos pisqueiros e tristes.

Quando entrei, ela via a caixa de correio, claro que fui logo ver a minha, apesar de já o ter feito, e aproveitei a proximidade para lhe mirar mais detalhadamente o rabo - lindo, perfeito, redondinho, à medida, tás tás... que belas tapas levavas nele e... uiiiiii... grande filme Zé, e pau ainda maior! Homem sofre!
Tentei esquecer os delírios de um bom ass e meti conversa. A cabrona nunca dera oportunidade de me aproximar ou sequer falar com ela. O marido estava sempre por perto e ela metia-lhe logo o braço e olhava para mim com desdém. Cabrona!
Era agora ou nunca! Sem homem, sozinha, ali mesmo ao meu lado - Não perdes nada Zé. Faz-te à vida!
Fiz. Ela deixou. Ela respondeu. E ela piscou os olhos e fez beicinho quando me disse que há já um mês que estava sozinha porque o marido fora trabalhar para Angola. Viera apenas passar o Natal, mas voltara de imediato e a passagem de ano fora com a família na aldeia. Sentia-se sozinha. Blá blá blá. Sem ninguém da família na cidade, marido fora, o tempo custava a passar e sofria de saudade. Blá blá blá.
Fiquei extasiado, por pouco que começava aos pulos ali no hall, qual puto quando recebe um brinquedo novo.
Contive-me. Fiz cara igualmente triste, lamentei a ausência do marido, falei das contrariedades da vida, das dificuldades do país, e coloquei-me ao seu dispôr para tudo, tudo mesmo, o que fosse necessário. Fiz olhos de Puss in Boots, renovei a minha prontidão e despedi-me acenando-lhe com a cabeça.
A cabrona ficou ali no meio do hall, com cara de gazela ao cio mas ao mesmo tempo com um olhar triste, quiça fazendo parte do argumento, querendo com isto e nas entrelinhas dizer-me: Estou no 2º direito Zé... sozinha.
Fui pelas escadas e subi-as a correr o mais depressa que pude, com o intuito de esvaziar a minha alegria, o meu desejo e todo o meu tesão. Bad, bad Zé. A moça ali em sofrimento e tu já a afiar as unhas. Não vales nada. Mas ela é boa e tem um rabo bom que se farta. E está sozinha, sem homem, e certamente necessitada de sexo. Ah, sim, aquela ali não deve folgar e tu my Dear Zé queres é vê-la a trabalhar!

E agora deixo-vos com as minhas reflexões, com a minha angústia e a minha enorme vontade de, logo quando chegar a casa, lhe ir tocar à campaínha.
Sou um fraco mas sou um dear e sei que se ela me abrir a porta... serei very dear!





5 comentários:

  1. Anónimo11.1.13

    diabo do homem :) sempre a fazer caridade :b

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    1. Em boa verdade será ( se for ) apenas uma atençãozita. Nada demais.
      :))

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  2. Sim, mas antes de bateres à porta faz um bolinho de iogurte e então, depois sim, vai lá oferecer umas fatias! :)
    Assim se trata com carinho a vizinhança.

    Beijo

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  3. Acho que vou contratar-te! Ficas como a minha personal adviser!
    Está decidido!

    amanhã já vou perguntar à Dª Arlete se sabe fazer bolo de iogurte. ;)

    Beijo com um pouco de grego no canto da boca... :)))))

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